sábado, 21 de julho de 2012

Conceito Final - 2º Bimestre - 2012


1º A - Matemática



2º C - Física



2º D - Matemática



3º A - Matemática



3º B - Matemática



3º C - Matemática



3º D - Matemática



3º D - Física


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Homenagem a Carl Sagan



     O vídeo apresentado a seguir é uma homenagem ao físico, astrônomo, professor, cientista e extraordinário ser humano que foi Carl Sagan.

     Quando a sonda espacial Voyager (Sagan e sua mulher Ann Druyan trabalharam neste projeto) passou por Saturno, Sagan pensou: "por que não virar a câmera da nave em direção à Terra e tirar uma foto?!"




     Pois bem, este vídeo é a narração desta história feita pelo próprio Carl Sagan com uma fantástica e emocionante edição, certamente vale a pena conferir.



     A mensagem que fica é que estamos sozinhos e isolados pelo frio e pela escuridão total do universo ao nosso redor, a Terra é nosso único lar. Deste modo, devemos ter especial atenção, não apenas à natureza e nossos recursos, mas também a todas as relações com todas as pessoas que amamos.



     "A Terra é uma anomalia. Em todo o sistema solar, ao que se saiba, é o único planeta habitado. Nós, humanos, somos uma entre milhões de espécies que vivem num mundo em florescência, transbordando de vida. No entanto, a maioria das espécies que existiram não existe mais. Depois de prosperarem por 180 milhões de anos, os dinossauros foram extintos. Todos sem exceção. Não sobrou nenhum. Nenhuma espécie tem garantido o seu lugar neste planeta. E estamos aqui há apenas 1 milhão de anos, nós, a primeira espécie que projetou os meios para a sua autodestruição. Somos raros e preciosos porque estamos vivos, porque podemos pensar dentro de nossas possibilidades. Temos o privilégio de influenciar e talvez controlar o nosso futuro. Acredito que temos a obrigação de lutar pela vida na Terra - não apenas por nós mesmos, mas por todos aqueles, humanos e de outras espécies, que viveram antes de nós e a quem devemos favores, e por todos aqueles que, se formos inteligentes, virão depois de nós. Não há nenhuma causa mais urgente, nenhuma tarefa mais apropriada do que proteger o futuro de nossa espécie. Quase todos os nossos problemas são provocados pelos humanos e podem ser resolvidos pelos humanos. Nenhuma convenção social, nenhum sistema político, nenhuma hipótese econômica, nenhum dogma religioso é mais importante."

(Carl Sagan, 1934 - 1996 , Bilhões e bilhões)



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Fonte:







SAGAN, Carl. Bilhões e bilhões. São Paulo: Companhia de bolso, 2009.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Atividade 2° ano - Termologia

Determinação do Zero Absoluto

I. Objetivos


     Determinação do zero absoluto através da extrapolação dos gráficos Pressão X Temperatura e Volume X Temperatura. Obteremos os dados por meio de um programa que simula as transformações em um gás ideal fazendo variar alguns parâmetros e mantendo outros constantes: volume, temperatura, pressão e número de moléculas.

II. Procedimento


     Primeiramente baixe e instale o programa 'Ideal gas in 3D' em seu computador. O programa é gratuito e pode ser encontrado no site indicado abaixo ou clicando na figura: 





a) Transformação Isocórica

     Mantendo o volume constante faça variar a temperatura e veja o que ocorre com a pressão.


     Com o cursor faça variar a temperatura e veja o que ocorre com a pressão. Anote quatro grupos de dados e marque na seguinte tabela:


Observações:

1. O volume é constante, assim as quatro linhas deverão ser preenchidas com o mesmo valor.

2. O simulador fornece a temperatura em Kelvin, utilize a expressão para conversão em grau Célsius:

TK = TC + 273,15

3. O simulador fornece a pressão em Pascal, utilize os seguintes dados para conversão:

1,013 x 105 Pa = 1 atm


b) Transformação Isobárica

     Mantendo a pressão constante faça variar a temperatura e veja o que ocorre com o volume.


     Com o cursor faça variar a temperatura e veja o que ocorre com o volume. Anote quatro grupos de dados e marque na seguinte tabela:


Observações:

1. A pressão é constante, assim as quatro linhas deverão ser preenchidas com o mesmo valor.

2. O simulador fornece a temperatura em Kelvin e em grau Celsius.

3. O simulador fornece o volume em metro cúbico e em litro.


III. Gráficos


a) Gráfico Pressão X Temperatura

     Utilizaremos o Excel para a confecção dos gráficos.
     O primeiro passo é copiar a mesma tabela aqui apresentada e preencher com os dados recolhidos.

     Observe o exemplo:


     Para o gráfico usaremos a pressão em atmosfera e a temperatura em grau Celsius.
     Escolha no menu 'Inserir' o gráfico do tipo 'Dispersão' (a primeira opção de gráfico):


     Ao clicar em 'Dispersão' surgirá uma caixa em branco onde ficará o gráfico e veremos outro menu onde escolheremos a opção 'Selecionar dados':


     Clicando em 'Selecionar dados' abrirá uma outra caixa onde escolheremos os valores que formarão o gráfico:


     Clique em 'Adicionar' para adicionar os dados, assim abrirá outra caixa para a seleção de dados dos dois eixos do gráfico. Clique em 'Valores de X da série' (clique na caixa onde tem uma flecha na cor vermelha) para escolher os dados do eixo da temperatura:


     Agora escolheremos os valores que irão no eixo x clicando no campo indicado na figura acima. Com o cursor marcaremos somente os quatro dados para a temperatura (atenção: escolha a temperatura em grau Celsius). Após a seleção dos valores clique novamente na caixa 'Editar série' no campo onde tem a seta vermelha:


     Agora escolheremos os valores que irão no eixo y, o eixo da Pressão. Faremos o mesmo procedimento que escolhemos os valores para a temperatura.
     Clique em 'Valores de Y da série' no campo onde há uma seta na cor vermelha:


     Selecionaremos os quatro dados da Pressão em atmosfera do mesmo modo que fizemos anteriormente para a temperatura (mais uma vez não selecione a palavra, apenas números). Em seguida clique na caixa 'Editar série' no campo em que há uma seta na cor vermelha:


     Agora clique em 'Ok' para concluir a seleção de dados. Na caixa inicial 'Selecionar fonte de dados' clique em 'Ok' para concluir o gráfico (parcialmente, pois falta sua edição):



Formatando o gráfico

     Em primeiro lugar eliminaremos a caixa 'Série' clicando na mesma com o cursor e em seguida apertando 'delete' no teclado:


     Agora clique com o mouse dentro da área de plotagem. No menu acima abrirá uma caixa de 'ferramentas de gráfico' com as opções: 'design, layout e formatar', clique em 'design':


     Ao clicar no menu maior 'ferramentas de gráfico' abrirá um submenu logo abaixo escrito 'layout de gráfico', escolha a primeira opção.
     Você verá que na área de plotagem aparecem os campos 'Título do gráfico' e 'Título do eixo' para ambos os eixos.


     Para inserir o título do gráfico e o nome dos eixos apenas clique nesses campos e os preencha devidamente. Para o título, escreva 'Transformação Isocórica', para o eixo x escreva 'Temperatura ºC' e para o eixo y escreva 'Pressão (atm)':



     Agora clique com o botão direito do mouse em um dos quatro pontos do gráfico. Abrirá um campo de opções, escolha 'adicionar linha de tendência'


     Agora seu gráfico possui um traçado (linha de tendência linear) e abrirá uma nova caixa de opções:


     Nesta nova caixa de opções, marque em 'Previsão' a opção 'Recuar', deste modo, por extrapolação, vamos recuar a linha de tendência até a mesma cruzar o eixo x (onde a pressão teria valor nulo):



     Dependendo dos seus dados você escolherá um número para colocar em 'Recuar' (note que inicialmente está com o número 0), note que escolhi o número '85,0' para recuar. A linha de tendência cruzou o eixo x e o ultrapassou (não há problemas em ultrapassar o eixo x). Ao escolher o valor para recuar, aperte a tecla 'enter' para que o gráfico aceite o valor, caso a linha não cruze o eixo x repita o procedimento até que isto ocorra:


     Vamos agora alterar os números do eixo das temperaturas para que fique claro em qual valor a linha de tendência corta este eixo. Na área de plotagem, clique com o botão esquerdo do mouse no eixo das temperaturas e em seguida clique com o botão direito do mouse, abrirá um campo de opções, escolha 'Formatar eixo':


     Abrirá uma nova caixa de opções. Em 'Opções de eixo' estará marcado 'Automático' para 'unidade principal', e é isso que iremos alterar:


     Em 'Opções de eixo' marque a opção 'Fixo' em 'Unidade principal', aqui você irá alterar o valor, note que está em '50,0' inicialmente:


     Neste caso escolhi o valor de '21,0', mas você poderá escolher outro valor mais conveniente, ao escolher um número clique em 'enter' para fazer valer o efeito no gráfico. Note ainda que, a linha de tendência cruza o eixo das temperaturas no valor próximo ao esperado: -273,15 ºC.



b) Gráfico Volume X Temperatura

     Repita o mesmo procedimento descrito acima, porém agora para o gráfico do Volume X Temperatura utilizando os dados da segunda tabela. Aqui você deverá utilizar a coluna do Volume na unidade 'Litro' e a Temperatura na unidade 'grau Celsius'.

     O título do gráfico será 'Transformação Isobárica' e, repetindo o mesmo procedimento descrito acima, você deverá obter um valor muito próximo de -273,15 ºC para a linha de tendência cruzar o eixo das temperaturas, onde o volume teria supostamente valor nulo.


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Fonte:


sábado, 7 de julho de 2012

O Zero Absoluto

Gás Ideal 


     Em Física costuma-se utilizar um modelo teórico como forma de tornar os problemas mais simples para sua resolução e, em um momento posterior, se necessário, adequá-lo as condições reais. Você já deve ter  visto no enunciado de um exercício a expressão "considere uma vaca um ponto material" (sempre que as dimensões do corpo em movimento puderem ser desprezadas, dizemos que o corpo se comporta como um ponto material, ou seja, é uma idealização).

     Um gás ideal (ou gás perfeito) é um modelo teórico cujo comportamento é muito próximo de um gás  real. Quanto menor for a pressão e maior for a temperatura, melhor será essa aproximação.

     Para um gás ideal admitimos que:

  • as moléculas movem-se desordenadamente, havendo a cada instante um grande número e moléculas movendo-se em todas as direções;
  • as moléculas não exercem ação mútua (isto é, não exercem forças umas sobre as outras), a não ser durante as eventuais colisões;
  • as moléculas chocam-se elasticamente (não perdem energia nos choques) umas com as outras e com as paredes do recipiente.




     Entre os séculos XVII e o XIX verificou-se experimentalmente que vários gases tinham um comportamento térmico semelhante. Dentre os cientistas que estabeleceram as regras para o comportamento dos gases perfeitos podemos citar: Robert Boyle, Jacques Charles, Louis Joseph Gay-Lussac e Paul Emile Clapeyron (respectivamente na figura abaixo).



A Escala Kelvin


Pressão X Temperatura


     Dentre as experiências realizadas uma delas consistiu em observar a variação da pressão de um gás em função da temperatura, mantendo constante o seu volume.



     Quando aumentamos a temperatura o gás expande, desta forma a pressão do recipiente aumenta pois os choques das partículas com as paredes do recipiente (pressão é uma força aplicada sobre uma área) são mais intensas. Quando diminuímos a temperatura o gás contrai e a pressão diminui.

     Se fizermos um gráfico da pressão (P) em função da temperatura (T) obteremos o seguinte resultado:



     Usando-se quantidades diferentes de gases diferentes, obtêm-se retas de inclinações diferentes, como mostrado na figura (V3 > V2 > V1).

     Observe que se prolongarmos o gráfico (extrapolação) até o ponto em que esta cruzaria com o eixo da temperatura, ou seja, o ponto em que a pressão supostamente se anularia, obteríamos o valor de - 273,15 °C.



     O que os cientistas da época teriam imaginado para o significado dessa pressão nula?

Volume X Temperatura


     Agora imaginemos um experimento em que faremos variar a temperatura de uma certa quantidade de gás fazendo variar sua temperatura, desta forma manteremos a pressão constante.

     Quando aumentamos a temperatura o gás se expande, assim seu volume aumenta. Quando diminuímos a temperatura o gás contrai, diminuindo seu volume.

     Se fizermos um gráfico do volume (V) em função da temperatura (T) obteremos o seguinte resultado:



     Usando-se o mesmo gás, porém a diferentes pressões, obtêm-se retas de inclinações diferentes, como mostrado na figura (P3 > P2 > P1).

     Do mesmo modo que fizemos no gráfico Pressão X Temperatura se prolongarmos a reta recuando até a mesma encontrar o eixo da temperatura, obteríamos o mesmo valor de - 273,15 ºC, este ponto indicaria um volume nulo. Mas se o gás contido no recipiente possui massa, como pode ter volume nulo?



Conclusões


     Quanto à primeira questão levantada " O que os cientistas da época teriam imaginado para o significado dessa pressão nula?", a explicação foi a seguinte: com a diminuição da temperatura, as moléculas do gás possuem cada vez menos energia cinética, assim há a redução das colisões das moléculas com as paredes do recipiente e consequentemente diminuindo a pressão. Quando o gás chegasse à temperatura de - 273,15 ºC, as moléculas do gás estariam em completo repouso, não exercendo pressão alguma.



     Perceba que isso é um problema teórico pois jamais as moléculas de qualquer gás em um recipiente estarão completamente paradas, sempre haverá um mínimo de movimento (mesmo o movimento dos elétrons ao redor do núcleo atômico).

     Quanto à segunda questão "Mas se o gás contido no recipiente possui massa, como pode ter volume nulo?", da mesma maneira é um problema teórico. Como o gás possui massa e, assim. ocupa lugar no espaço, jamais terá volume nulo. Não é o volume que se anula nessa temperatura, mas sim a energia cinética de suas moléculas.


     Deste modo, William Thomson (1824 - 1907), o lorde Kelvin, utilizou estas ideias e propôs, em 1848, uma nova escala termométrica, que foi chamada de escala Kelvin ou escala absoluta, estabelecendo a menor temperatura possível para um sistema, que denominou zero absoluto.




     A escala Kelvin é a escala oficial do Sistema Internacional de Unidades, e o kelvin é uma das sete unidades base do SI. Na 13ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, realizada em 1967, adotou o nome kelvin (cujo símbolo é K) em lugar de "grau kelvin".

     Observação: nos exercícios costuma-se aproximar: 273,15  273.




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Fontes: 

CALÇADA, Caio Sérgio & SAMPAIO, José Luiz. Física, volume 2. São Paulo: editora atual, 2005.

VILLAS BÔAS, Newton; DOCA, Ricardo Helou; BISCUOLA, Gualter José. Física, volume 2. São Paulo: editora saraiva, 2010.