quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Laboratório de Física - Ciência Experimental (Parte II)

CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS

       Dependendo do problema, pode ser mais conveniente confeccionar o gráfico em papel milimetrado, monolog (ou semilog), di-log (ou log-log) ou outros tipos de papel.

Papel Milimetrado
Papel Monolog
Papel Di-log
   
       Após selecionar o papel no qual será confeccionado o gráfico, algumas regras devem ser observadas para sua boa construção:
  1. Escolha e identificação de cada um dos eixos coordenados;
  2. Determinação da escala para cada um dos eixos coordenados;
  3. Marcação dos pontos da tabela que contém os dados (medidos ou calculados);
  4. Traçado da curva que representa os pontos marcados.
ESCOLHA E IDENTIFICAÇÃO DOS EIXOS COORDENADOS

       Sabendo que existem dois tipos de variáveis, as variáveis dependentes e as variáveis independentes, as variáveis independentes são marcadas sobre o eixo das abcissas (eixo-x) e as variáveis dependentes são marcadas sobre o eixo das ordenadas (eixo-y).

DETERMINAÇÃO DAS ESCALAS

       Uma escala pode ser representada por qualquer trecho de curva (que pode ser, portanto, uma reta) marcada por pequenos traços que indicam os valores ordenados de uma grandeza.

       As escalas para os eixos x e y devem ser escolhidas de forma a permitir fácil interpolação. Assim sendo, as escalas devem ser construídas de tal modo que cada bloco de divisões assuma um dos seguintes valores: 1, 2, 5 unidades e seus múltiplos.

       Deve-se evitar a utilização de blocos de divisões de valores 3, 7, 11, ... e seus múltiplos, o que não forneceria gráficos facilmente legíveis.

       Escalas com blocos de divisão 6, 12, 15, ..., não são recomendadas, pois apesar de serem múltiplas de 2 ou 5 são, ao mesmo tempo, múltiplas de 3. O mesmo se aplica a escalas que são simultaneamente múltiplas de 2 ou 5 e de outro valor qualquer não recomendado.

       Outro fator importante é sempre que possível deve-se escolher as escalas de forma a que os dados experimentais ocupem o maior espaço possível do papel.

COLOCAÇÃO DOS PONTOS EXPERIMENTAIS NO GRÁFICO

       Cada ponto experimental deve ser identificado por um sinal de forma a não deixar dúvidas:


TRAÇADO DA CURVA

       Quando todos os pontos experimentais já estiverem marcados no gráfico, resta traçar a curva. Esta não precisa passar sobre todos os pontos; na realidade, ocorrerão casos em que a curva não passará sobre ponto algum do gráfico.

       Sendo assim, esta não necessita iniciar no primeiro e nem terminar no último ponto representado. Na verdade, a curva deve ser traçada levando em conta a tendência dos pontos experimentais, falamos assim, em uma reta média.

       Em hipótese alguma os pontos devem ser ligados e somente as informações essenciais devem estar presentes no gráfico.

Blibliografia/Sitiografia



http://www.fsc.ufsc.br/~canzian/graficos/papel-log-log.html


PIACENTINI, João J. et al. Introdução ao laboratório de Física. 2. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2005. 119 p.

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